17 de set. de 2010

Carros movidos a energia elétrica

Olá.

O futuro está longe?
Segundo novos rumores, o empresário mais rico do Brasil, Eike Batista, do grupo EBX, anunciou ontem que vai construir uma fábrica de carros elétricos, no Porto do Açu (litoral RJ). Negociações com fornecedores de tecnologia japoneses e europeus, já estão sendo feitas, e me parece que desta vez a coisa engrena.

A ideia é iniciar a produção em um período de três a quatro anos após o projeto. Investimento estimado: US$ 1 bilhão.

Segundo o grupo empresarial,o projeto prevê a construção da unidade em módulos, sendo que o primeiro deles terá capacidade para produção de 100 mil veículos por dia. Os japoneses entrariam com a tecnologia das baterias e os europeus, com os componentes mecânicos.

O projeto ainda está na fase de "Brainstorm", ainda há comunicados para com o governo sobre o investimento na fábrica de automóveis, pois com certeza, haverá um pedido de ajuda do BNDES para o empreendimento.

Agora me pergunto, e aquele projeto que Eike Batista já havia iniciado em Pouso Alegre, construindo Jipes (JPX)? pois aí que ele se defende, falando que a experiência foi válida, pois aprendeu com os seus próprios erros, segundo ele, esse antigo projeto tinha falhas, como a construção da fábrica em um lugar com logística complicada, e a parceria para fornecimento de motores com a Peugeot, com a qual, não deu muito certo.

"(A difusão do carro elétrico) é irreversível; é tão superior, tão ecologicamente correto...", comentou Eike, em uma entrevista, no evento Rio Oil & Gas. Comentou também que os custos com a parte elétrica, especialmente baterias, vêem caindo gradativamente, bem como o tamanho dos componentes.


As baterias sempre foram o problema dos carros elétricos, pois normalmente ocupam muit espaço, são pesadas (ao total, pesam em torno de 500 kg), têm pouca autonomia e, quando gastas, viram lixo tóxico; A vida Útil delas em média é de 150000 km ou 3 a 4 anos. Detalhes como este são discutidos e amplamente testados. Um exemplo é um teste que alunos de uma universidade americana fizeram, de autonomia, foi com um carro movido a etanol e outro a energia elétrica. Pois o com etanol venceu, pois era mais leve, consumiu menos para andar X kilômetros, enquanto o outro, com baterias pesadas e caras, andou menos.

A muito tempo atrás, já se pensava em fabricar veículos movidos a energia acumulada, porém, como a venda de combustíveis fósseis gera mais lucro, até hoje isto não vingou, pois obviamente, o aumento do número de veículos elétricos reduziria o consumo de petróleo. mas por outro lado, há os carros elétricos híbridos (CEH), ou seja, carros elétricos cuja energia elétrica é gerada a bordo.


Em 1914, Henry Ford tinha um vizinho (Edison) que o incentivou a fabricar um carro elétrico usando baterias com tecnologia "ferro-níquel" que ele tinha desenvolvido. Embora o carro a gasolina da FORD fosse um crescente sucesso na época, Ford até anunciou que lançaria o carro elétrico. Na foto, o engenheiro-chefe do projeto aparece em um protótipo montado em uma estrutura do Modelo T, o carro mais popular da FORD. (Com certeza, interesses econômicos interviram no processo)

Notícias da época até indicaram que o carro seria colocado à venda a um preço entre US$500 e US$750 (US$ 10.000 a US$15000 preços de hoje) e que, com uma carga da bateria, teria autonomia para andar entre 50 e 100 milhas (80 a 160 km)! Isso a 100 anos atrás! Agora imaginem, se pesquisas tivessem sido desenvolvidas e alimentadas desde aquela época, com certeza não teríamos mais carros poluíndo nosso planeta neste momento.

Os veículos elétricos - independente do tipo - irão penetrar no mercado em médio e longo prazo, independente de intervenções, pelo simples fato de que são mais eficientes que os de combustão, e o que tudo indica, serão mais baratos que os convencionais. Novos ajustes no mercado de veículos e de combustíveis terão que ser tomadas. A nova realidade precisa ser analisada de forma adequada no Brasil, exatamente para evitar falsas colocações estratégicas, como alguns governos já fizeram, ou seja, montar políticas que se oponham ao uso de carros elétricos por fins estratégicos.

O processo de difusão do carro elétrico no País vem sendo discutido mais intensamente pelo governo nos últimos 5 anos. Um grupo interministerial foi criado para estudar medidas de estímulo, mas há ainda pouco avanço na questão, como sempre.

O mais importante nisso tudo, será buscar novos métodos e mercados para o etanol automotivo, coisa que parece não ter entrado na cabeça dos empresários do ramo, pois, por exemplo, ainda há pesquisas rastejantes na procura de uma forma para substituir o diesel pelo etanol nos motores convencionais de caminhões. A visão tradicional de muitos ainda está impedindo esta substituição. O caminho, penso eu, seria investir em pesquisas universitárias no ramo, afinal, temos gente de "sobra" no Brasil. Não é possível que sejamos tão dependentes de outros países assim.

Agora uma coisa tenho que lhes dizer, quando esta época chegar, quero montar uma fábrica de lampiões... Brasil é fogo né, pois quando tivermos uma frota considerável de carros elétricos, a energia estará tão cara, que vamos ter de economizar na luz pra poder sair de carro, isto sem contar os apagões =].

Também, não deve ser muito difícil você mesmo fazer um carro elétrico.
Ficamos no aguardo.

2 comentários:

Anônimo disse...

o certo são os carros Híbridos aonde o motor de combustível, alimenta o motor elétrico, pois assim o as baterias sobrevivem por mais tempo e o carro continua polindo(infelizmente) mas pelo menos com uma taxa mínima

Anônimo disse...

Mesmo havendo a eficiencia de 1 fonte de energia alimentando um motor movido a combustao, de certo, essa eficiencia perde nao só pela poluiçao usual dos combustiveis a carbono como tambem o aumento do consumo de energia elétrica. Deve-se lembrar tambem que o peso do veiculo é consideravelmente excessivo. Para movimentar 1 veiculo pesado é necessario 1 motor potente, quanto mais potencia para locomoçao, mais gasto de energia se têm.
Agora pergunto, onde esta a economia dos carros hibridos e eletricos? Nao existe modelo certo atualmente, mas sim projetos para diminuiçao de poluentes nos modelos convencionais. Tanto que para se produzir a quantidade de modelos para atender o mercado futuramente, isso corresponderia entre 6 a 7% (dados revista Super Interessante; Março/2011); e mesmo assim a industria nao atenderia o mercado por falta de peças para a atender a demanda. Uma soluçao ja lançada alguns modelos, seriam os automoveis movidos a células de energia solar e biocombustiveis, ressaltando que o Alcool é um biocombustivel usado por anos e que nao polui tanto quanto combustiveis fósseis. O resultado de sua combustao gera CO² e H²O.
Enquanto a tecnologia nao evolui como a velocidade dos nossos sonhos, ainda temos que nos contentar com os "filmes futuristas" onde carros trafegam sob o ar.

por: Marcelle Mazoni Sá Fortes

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